sexta-feira, 3 de julho de 2009

QUANDO UMA CAMPANHA CRIATIVA PARECE TER LEPRA.

Já notaram a expressão de espanto, asco, nojo até, quando o atendimento vê uma campanha criativa e ousada? Este fato é mais corriqueiro do que vocês pensam, no universo das agências. Mas para chegar a esta cena, são necessários intermináveis minutos de pseudo-reflexão, as mãos no queixo, a famosa “cara de conteúdo”,

testa franzida, olhar arregalado, como que a perscrutar, imergir profundamente

no que está sendo analisado.

Depois que o cérebro atrofiado processa lentamente a informação visual e tenta entrar

na rede de sinapses dos neurônios, aí a coisa complica mais. Surge finalmente a citada expressão de espanto, repulsa, nojo, asco, como se os layouts estivessem contaminados com lepra. Daí, vem a expressão negativa de recusa da campanha, porque, segundo

a profunda análise, mesclada com o medo do novo e a dificuldade de explicar um conceito fora do convencional, a campanha transgride os padrões ético-morais da sociedade,

da “cultura” do cliente e uma série de “blá-blá-blás” que tentam justificar o injustificável: NÃO ENTENDEU A CAMPANHA.

Por isso, quando cada um de nós se deparar com uma campanha convencional, antes de condenar a equipe de criação, tente imaginar que eles tiveram boa vontade, mas passaram pelo Tribunal de Inquisição, o terrível comitê do planejamento e atendimento das agências. Um julgamento onde você é condenado sem direito a defesa.

E depois, é fácil chegar à conclusão da ausência de criatividade na maioria

das peças de comunicação, do Oiapoque ao Chuí.

Criatividade não é doença. É cura.




Caio Teixeira é redator, escritor e também já atuou como diretor de criação em várias agências em 30 anos de carreira, atendendo a todo tipo de job, desde anúncio de cachorro perdido até grandes campanhas, algumas adaptadas para toda a América Latina.http://teixeiracaio.sites.uol.com.br

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CRIATIVIDADE, PELO AMOR DE DEUS

O título é garrafal, de tão urgente que é a questão. Mas para chegar até ela, é preciso saber como era a propaganda antigamente, como se desvirtuou e caiu na fácil tentação tecnológico-marqueteira, que até impressiona em um primeiro momento, pelos efeitos especiais de computação gráfica ou photoshop, mas nos faz indagar: “– Cadê o criativo?”

Nem sempre foi assim. Vamos retornar à década de 80, nos tempos áureos da propaganda, quando a criatividade e o talento, eram respeitados. É como se fosse ontem em minha memória. Aquela vontade, transformada em um impulso irresistível de criar, desenvolver campanhas, temas originais, inteligentes, misto de técnica e arte. Que é mais do que profissão. É uma cachaça.

Tempos de criativos com olhos e mentes brilhantes, ávidos em buscar o novo, algo surpreendente, que revolucionasse o mercado e ao mesmo tempo, fizesse com que a propaganda, ou comunicação integrada (para utilizar um termo mais contemporâneo), cumprisse efetivamente seu papel de comunicação social, agregando cultura e bom humor às pessoas. Algo como um Juramento de Hipócrates tupiniquim.

Ah! Como eram bons aqueles tempos, que não eram medidos por segundos, dias, meses ou anos, mas sim, por fatos, acontecimentos históricos e passagens folclóricas, hilárias e antológicas.

Mas como tudo o que é bom, passa, vieram os “novos tempos” da tentação tecnológico/marqueteira, que passou a colocar como diferencial e prioriodade, não a criatividade, a inteligência e talentos das pessoas, mas sim, a tecnologia, os computadores de última geração, softwares e ferramentas de comunicação de vanguarda, como SMS, Querry Code, Realidade Expandida, Crossmedia, e todo um complexo universo simbólico de internet como SQL, XPTO, enfim, complexas siglas que impressionam clientes, mas representam TECNOLOGIA e não IDÉIAS.

A idéia, a CRIATIVIDADE, que é o pressuposto básico da comunicação, foi preterida pela tecnologia, que deveria ser uma ferramenta da criatividade, mas nos tornamos escravos dela, assim como no profético filme “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, em que os robôs se voltam contra o homem.

Para o redator, resta fazer um copy-desk do briefing e de complexas equações mercadológicas e gráficos infindáveis. O diretor de arte, condenado a 1 dia de prazo pra fazer uma campanha com 15 peças e engessado por um banco de imagens que restringe a imaginação e o novo a praticamente zero.

Isto, fora a ladainha de todo dia:

“ – Não precisa viajar muito no título, não. Seja objetivo e direto.”

“ – Não faz um texto longo, não, porque ninguém lê!”

“ – Aquele espacinho em branco no anúncio, pode colocar mais texto técnico”

“ – Huuuummmm... tá legal, mas faz uma opção mais convencional pra eu levar na manga (e a campanha criativa é a que acaba na manga, e depois, na gaveta)

Ou esta pérola:

“ – Olha, o cliente adorou a campanha que fizemos. Achou super criativa, ousada, boa mesmo. Mas agora que passamos no teste criativo e ganhamos a conta, vamos colocar o pé no chão e fazer uma campanha mais convencional, porque o cliente tem certeza que dá certo.”

Criatividade, pelo amor de Deus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Caio Teixeira é redator, escritor e também já atuou como diretor de criação em várias agências em 30 anos de carreira, atendendo a todo tipo de job, desde anúncio de cachorro perdido até grandes campanhas, algumas adaptadas para toda a América Latina. http://teixeiracaio.sites.uol.com.br

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sete Leões em Press para o Brasil


O Brasil conquistou seis (na verdade foram sete) Leões na competição de Press do Festival de Cannes 2009. Desses prêmios, três são de Ouro e outros três de Bronze.

A DM9DDB vai levar para casa dois Leões de Ouro, um com trabalho para Latin Stock que chegou a disputar Gran Prix (confira aqui). Outro Ouro da DM9 foi para Terra Travel - campanha Toda Rotina Pede Férias - peças Beach Snow e City Country. A agência também levou um Leão de Bronze, por campanha criada para Fedex (aqui).

A AlmapBBDO conquistou um Leão de Ouro com a campanha, para a Panamericana Escola de Arte e Design, "Até onde vai sua criatividade" (aqui). Ganhou também um Bronze com "Birds", para Greenpeace (apenas uma peça).

A Talent é a ganhadora do outro Leão de Bronze, com trabalho para Sony Ericsson (aqui).

O resultado de Press será divulgado pela organização do Festival apenas na quarta-feira, 24.

Nota da Redação: na verdade são sete Leões. Leia aqui.

Brahma exalta Seleção Brasileira

A Africa também criou anúncio de oportunidade para Brahma, depois da vitória da Seleção Brasileira na Copa das Confederações.

A peça pode ser vista no jornal O Estado de S.Paulo, Lance, Destak, Folha de S.Paulo, O Globo, entre outros.

Ficha Técnica:

Agência: Africa

Anunciante: AmBev 

Produto: Brahma

Criação: Eduardo Martins / Carlos Fonseca / Felipe Chacon

Diretores de Criação: Nizan Guanaes / Sergio Gordilho / Cassio Zanatta / Eduardo Martins / Carlos Fonseca

Atendimento: Márcio Santoro / Marcelo Passos / Gabriela Manisck

Planejamento: Pedro Cruz / Daniel Rios

Mídia: Luiz Fernando Vieira / Fabio Freitas / Rodrigo Famelli

Produção: Luiz Carlos Pedrosa / Marcelo Duprat

Art Buyer: Andrea Mancini

Aprovação/cliente: Marcel Marcondes / Lia Jamra

1° veiculação: 29/06/2009

CANNES LION 2009



Leandro Câmara, diretor de arte da Z+, no Brasil, integra ficha técnica de trabalho realizado para o cliente CNN pela DDB de Istambul, em parceria com o redator e diretor de criação Karpat Polat, que já trabalhou na DM9DDB.

A campanha conquistou um Leão de Prata em Press.

"Estou muito feliz e gostaria de compartilhar isso com o mercado. 
Afinal, é mais um Leão que tem gostinho brasileiro
", comemora Leandro

Bunge Fertilizantes em criação da GNova

A GNova criou para Bunge Fertilizantes novas campanhas para as marcas Manah e Serrana.

O objetivo é mostrar ao produtor rural que a empresa vende e entrega mais do que fertilizantes. Não entregamos apenas a comoditty, o produto físico, mas sim um pacote mais amplo e diferenciado”, defende Francisco Pereira, Gerente de Divisão de Marketing, da Bunge Fertilizantes. 

A estratégia inclui filmes para TV (assista aqui e aqui), comunicação direta, PDV, peças online e o desenvolvimento de sites para cada uma das marcas.

No novo endereço eletrônico produzido para a Manah, o foco principal são os webvídeos com depoimentos reais dos produtores rurais. Outra solução proposta pela TV1.Com será um “Fórum Sobre Produtividade”, com a participação dos próprios clientes da marca, cujo objetivo é reforçar a qualidade e os benefícios da Manah. 

Já no site para a Serrana, são oferecidos diversos serviços ao produtor, como “Agricultura de Precisão”, “Assessoria Agronômica” e “Troca de Grãos”. 

Além dos filmes e site, a comunicação para Manah e Serrana inclui peças para mídia impressa, rádio e mídia online.

Ficha Técnica:

Cliente: Bunge Fertilizantes

Agência: GNova Publicidade

Produtos: Manah e Serrana 

Criação: Amaury “Balí” Terçarolli / Carlos Castelo / Lisiane Kindlein / Armando Araújo / Ismar Soares / Jan Pfiffer / Gabriel D’Orazio

Direção de Criação: Amaury “Balí” Terçarolli / Carlos Castelo

Atendimento: Louise Beltrão / Cristina Alves / Cassio Motta Mello

Aprovação: Francisco Pereira / Caetano Haberli / Vanessa Fernandes / Gabriel Saul

Produção Filme: O2 Filmes

Direção: Renato Rossi

Atendimento Produtora: Rejane Bicca / Diane Maia

Produção Som: Dr DD

Fotógrafo: Mario Dalóia   


Ficha Técnica TV1.Com:

Anunciante: Bunge

Produto: Manah

Agência: TV1.Com

Direção de Criação e Planejamento: Gustavo Donda

Gerente de Contas: Renata Carvalho Vieira

Gerente de Projeto: Rodrigo Volponi

Direto de Planejamento: Maurício Moreira

Planejamento: Mário Reys

Direção de Arte: Carlos Junior e Adriano Piccirilo

Arquitetura de Informação: Juliana Uemura e Daniela Varuzzi Bastilha

Arte: Mário Kodato e Italo Santos de Oliveira

Conteúdo: Vitor Bara e Paloma Godoy Cotes

Tecnologia: Beto Yunes

Programação/Interface: Fábio Eduardo Alfieri, Emerson Pereira da Silva e Gustavo de Paula Santos

Programação/Desenvolvimento: Rodrigo Fernandes Garcia, Guilherme Siqueira Rodrigues e Wallace Oliveira Santos Junior.

Infraestrutura: Rafael José Machado da Costa e Sabrina Monteiro Martins

Controle de Qualidade: Claudia Kairalla

Aprovação cliente: Francisco Pereira, Caetano Haberli, Viviane Stridelli e Manuela Silva